O quadro das eleições de 2018 mantém o Brasil dentre os países de menor representatividade das mulheres na política com percentual de 15%, muito longe do percentual das cotas de 30% e ainda mais distante do almejado 50% que propõe a ABRA. Apesar do eleitorado feminino representar 52% do total de eleitores brasileiros, apenas 31,2% dos candidatos registrados eram mulheres, segundo dados do TSE. Mesmo com um aumento de 9,4% de candidaturas femininas, a proporção de postulantes para um cargo público praticamente não mudou, o TSE também contabilizou 8,7% de aumento nas candidaturas masculinas. Após as eleições, a Câmara teve um aumento considerável de mulheres eleitas para a casa. Em 2014, foram eleitas 51 deputadas, já em 2018 foram eleitas 77, representando um aumento considerável de 51% entre essas eleições. Porém, mesmo com esse bom aumento, a representatividade feminina dentro da casa ainda se limita a 15%. Já no Senado, apenas 7 senadoras foram eleitas, o mesmo número de 2010 - última vez que ⅔ do Senado foram renovados nas eleições - e essas sete mulheres representam apenas 13% dos senadores eleitos neste ano. Apesar deste aumento, alguns estados ficaram sem uma representante do sexo feminino, como Maranhão, Sergipe e Amazonas. Também não houve governadoras eleitas em nenhum estado brasileiro e apenas uma mulher está disputando o segundo turno. Estas eleições melhoram a representatividade feminina geral no legislativo, porém não está de acordo com a proporção de mulheres na população brasileira, afinal, no país a cada 10 pessoas, 5 são do sexo feminino. Além disso, alguns partidos e coligações devem ser notificados por não terem cumprido a cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos para a Câmara Legislativa, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.